O dia começou, no trabalho, com a secretária pedindo uma sugestão de calmante, porque não havia dormido bem à noite. Insônia a partir das 3 da madrugada. Fui solidária à sua agonia, porque isso já aconteceu várias vezes comigo. Aconselhei-a a criar uma rotina para uma boa noite de sono: pelo menos uma hora antes de deitar-se, o ideal seria desligar a televisão, ou o computador, e ouvir música calmante ou ler. Se, ainda assim, acordar no meio da noite pensando nos problemas, seria bom dizer para si mesma: “Agora preciso dormir. Amanhã resolverei esse problema”.O nervosismo parece realmente ser uma epidemia mundial. Conheço muitas pessoas que vivem sem pensar, sem prestar atenção na vida. Parecem que vivem no automático... e imersas na ansiedade. Esquecem que não existe felicidade sem paz interior. E essa paz não se compra, não se acha na esquina mais próxima. Ela precisa ser fabricada dentro de cada um, no silêncio da mente. Disse Paramahansa Yogananda:
“Se ligarmos uma lâmpada de 120 volts numa linha de 2.000 volts, ela se queimará imediatamente. Analogamente, o sistema nervoso não foi feito para suportar a força destrutiva da emoção intensa ou de persistentes pensamentos e sentimentos negativos”.
A tensão nervosa revela falta de fé. E só faz aprofundar a ilusão cósmica (“maya”) dentro de nós. Então, raciocinemos: seja qual for o motivo do sentimento negativo que trouxermos – seja raiva, medo, revolta, desânimo... – é importante desviarmos a atenção dele e entregarmos o caso a Deus. Com a companhia divina, sentiremos mais força e alívio para enfrentarmos conscientemente os problemas.
Mas é preciso realizar, diariamente, a prática da paz... Sempre que pensamentos ruins tentarem se aproximar, respiremos fundo, lembremo-nos de algo bom, visualizemos uma imagem bonita, agradeçamos bênçãos já recebidas e sintamos a calma chegando... É infalível. Em questão de minutos mudamos nosso padrão vibratório e nos sentimos melhor. Foi isso o que tentei dizer à minha amiguinha do trabalho. E ela me prometeu tentar por em prática os ensinamentos, desde já...
[ilustração de roy fox]
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