sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

um amigo em crise.


Recebi de um amigo um desabafo aflito sobre circunstâncias normais de qualquer ser humano: estresse, tensão, medo da morte (agravado pela perda de uma amiga próxima), dor de cabeça, insônia, excesso de trabalho... Ouvi pacientemente, identificando-me com ele, concordando que não é fácil manter o equilíbrio quando estamos cansados ou insatisfeitos... Então esse meu amigo, em seus plenos 47 anos de idade, perguntou qual seria a saída para esses males.

Minha resposta, depois de pensar alguns segundos, foi básica: respiração. Disse que ele precisava aprender a se harmonizar. Ele rejeita a ioga, a meditação... aceitou no máximo a sugestão de praticar tai chi chuan. O que parece tão óbvio para mim não serve para ele, está fora de seus hábitos e considerações. Percebo - sem qualquer entonação de crítica - que ele está profundamente desarmonizado, desconectado de si mesmo e de Deus. Usa a razão como a espada da verdade, rejeitando intuições, ou qualquer manifestação de espiritualidade, e continua tomando seus calmantes à noite.

Fico pensando por quanto tempo ele permanecerá preso às manifestações dos sentidos, aos grilhões da ilusão cósmica que tanto nos faz sofrer... Tão bom seria que compreendesse que o verdadeiro sentido da vida não está em coisas, em lugares, em prazeres...

Hoje, assim, oro para que ele desenvolva sua percepção intuitiva, através da autocrítica, da autoconsciência, da meditação (ainda que por breves minutos), para aliviar o peso dos "problemas" que ele mesmo desenvolve e valoriza...

Respire, meu amigo. Feche os olhos e desperte. É tão fácil, tão simples...

Seja feliz.

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