segunda-feira, 5 de julho de 2010

humildade.

Observo as estrelas e considero minha insignificância. Sou uma simples mortal. Ou melhor: sou uma simples imortal. Por isso, adoro olhar o céu. Me dá uma dimensão mais real da minha pequenez. Me estimula a humildade.
Conhecimento é bom, mas também é perigoso. Dá a noção falsa de que você é o que você sabe.
Tenho um lema na vida: meu conhecimento serve para ser compartilhado. E isso abrange conhecimento científico, religioso, afetivo...
Tive uma infância sem luxo, porque meus pais eram duros... E desde cedo convivi com gente rica - porque, apesar das dificuldades, morávamos num bairro da zona sul do Rio. Isso me fez aproveitar ao máximo as oportunidades que apareciam. Só um exemplo: enquanto todas as minhas amigas faziam cursos de inglês, eu aproveitava ao máximo o inglês da escola (o professor me adorava, porque eu nunca matava aula!) e cresci traduzindo letras de músicas dos encartes de longplays.
Cresci numa família amorosa, que não dava bola para luxo e posses. Eu e meus irmãos sabemos o quanto foi difícil. Mas hoje dou graças a Deus pela infância humilde. E assim, quando vejo alguns "egos" se manifestando perto de mim, tento não me irritar. Lembro das estrelas, do céu limpo de uma cidade de interior. E converso com meus irmãos. Eles me entendem. E isso me acalma.
Ninguém pode alcançar a autorrealização sem humildade, sem doçura. Adoro as palavras de Yogananda sobre isso:
"Compassion toward all beings (daya) is necessary for divine realization, for God Himself is overflowing with this quality. Those with a tender heart can put themselves in the place of others, feel their suffering, and try to alleviate it".
Sejamos humildes.

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