domingo, 18 de julho de 2010

dualidade.


Levo a vida tranquila, consciente da dualidade corpo-alma, das minhas imperfeições enormes, da urgência em minimizá-las... Lembro de Ramana Maharshi, cujo ensinamento maior era o questionamento "Quem sou Eu?"... Essa pergunta me faço diariamente. Nos momentos mais atribulados, ela me acalma.
Engraçado, na última semana vi exatamente um fórum na rede social Facebook sobre esse autoquestionamento. O assunto em debate era, na verdade, uma pergunta: "Somente os "iniciados" têm condições de realizar o autoquestionamento? A maioria respondeu que sim. Fiquei matutando isso durante dias.
Ok, um homem simples e ignorante não para pra pensar, filosofar sobre sua vida, sobre quem ele é. O que não signfica que não possa alcançar estados avançados de religião e moral. Quero dizer que muitas vezes alguém humilde, pobre de espírito, chega a níveis bem mais profundos de espiritualidade do que aquele que pratica religião, meditação ou seja lá o que mais, sem colocar os ensinamentos divinos em prática. Não aguento o olhar de "superioridade" espiritual desses "iniciados", ou "escolhidos". Tolos...
Mahatma Ghandi afirmou: "A espiritualidade não consiste em conhecer as escrituras e travar debates filosóficos, mas em cultivar o coração e em possuir uma fortaleza incomensurável".
Minha conclusão: autorrealização é impossível sem Amor.
Então a questão "Quem sou Eu?" eu tento responder com: "Eu sou Amor". Ou: "Eu sou Amor a mim, a Tu, a todos".
Sem Amor, o resto é conversa jogada fora.

2 comentários:

  1. muito boa a imagem e o seu texto. Concordo totalmente. Arrogância espiritual é um dos piores traços dos 'iniciados'

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