
M. Garner me contou que uma amiga sua lhe dissera, com espanto, que ela (Garner) era a sua única amiga que andava de ônibus pela cidade. Como se isso fosse uma aberração... ou um tanto quanto
demodé. Pode? Em pleno século XXI, quando a gente luta pela preservação do meio ambiente, procurando alternativas mais simples e menos poluentes para o planeta, ainda tem gente que só anda de carro e acha curioso que os outros não façam o mesmo!
Eu, por opção, não tenho carro. Acho que faço uma grande economia para o meu orçamento e um favor para o planeta. Não pago prestação do veículo, IPVA, estacionamentos, gasolina... E, nessa cidade, andar de táxi é bem mais seguro do que uma mulher dirigir sozinha, principalmente à noite. O carro me faz falta em viagens, mas não encontro problemas em utilizar ônibus intermunicipais.
O metrô é o meio de transporte público que mais uso. Não é confortável, vive cheio - nos horários em que vou para o trabalho está sempre lotado -, mas é rápido, mais barato que um táxi e um pouco mais seguro que o ônibus. E não polui o meio ambiente. Então, é uma opção, ainda que limitada em termos de destinos, para andar pela cidade.
Confesso que me incomoda muito entrar num vagão cheio, porque não se pode direcionar o olhar para lugar nenhum. Fico tensa. Tento olhar para baixo, para os letreiros... Acho esquisitíssimo um monte de gente sentada e em pé, lutando por um mínimo de espaço... Minha saída: um bom livro nas mãos. Como sempre, ler é uma ótima opção...