Sexta-feira. No dentista, pela manhã, enquanto aguardava o atendimento, alimentei o espírito com lições de Yogananda. "Cultivate inner soul joy, the true happiness" era o assunto. Minutos depois, saí dali e fui parar num shopping por perto. Dei uma olhada, gastei meu tempo de sobra - fato raro - comprando cupcakes para minha filha e folheando livros na Saraiva. Tudo perfeito para um começo de fim de semana... Até que, já fora do shopping, observei que minha agenda não estava comigo... Frio na barriga. Um pouco de raiva pela minha falta de cuidado. Tristeza ao pensar que meu talão de cheques estava lá dentro do bendito caderno. Vertigem, taquicardia, desânimo... Enquanto voltava ao shopping, minha memória recente me levou aos ensinamentos do mestre indiano:
"Não importa o que você estiver fazendo, mantenha a corrente de felicidade, o rio secreto de alegria, fluindo sob seus mais diversos pensamentos... Aprenda a ser secretamente feliz, no íntimo de seu coração, apesar de quaisquer circunstâncias..."
Inspirei, expirei, tentando acalmar os sentidos e a respiração, ali mesmo, no meio das pessoas que seguiam apressadas. Pensei na lição que poderia tirar daquele momento - no mínimo, deveria ser mais cuidadosa com as coisas... E pensei que não estragaria meu dia se não reencontrasse a agenda. Lembrei de um post que li no blog da Tereza Freire (do inspirador
Yoga na Vida:
http://www.yoganavida.blogspot.com/), no qual ela faz uma autocrítica ao comentar suas reações a um fato desagradável que vivenciou... Puxa, pensei, ensinamentos requerem provas práticas... Eis a minha prova! Orei mentalmente, agradecendo mais do que pedindo, enquanto seguia para o SAC do shopping.
A agenda estava lá, intocável. E a lição foi aprendida. De volta para casa, mais Yoganandaji:
"Today I will open the door of my calmness and let the footsteps of silence enter the temple of all my activities" (Hoje abrirei a porta da minha quietude e deixarei as pegadas do silêncio entrarem no templo de todas as minhas atividades).
Om. Paz.